Cia. de Teatro Cidade Livre apresenta a comédia ‘Do arco da veia’ em Ceilândia-DF
Espetáculo será nos dias 2 e 3 de julho às 19h 30 min, no Teatro do CED 06, para toda a comunidade escolar. A história conta a divertida conversa entre três passadeiras de uma pousada.
[endif]-- A Cia. de Teatro Cidade Livre apresenta a comédia ‘Do arco da veia’ nos dias 2 e 3 de julho às 19h 30min, no Teatro do CED 06 Ceilândia- DF. O espetáculo, que está em cartaz há sete anos, é escrito e dirigido por Mauri de Castro.
[endif]-- Trata-se de uma comédia de costume, de resgate da linguagem goiana, onde Pricida (Jefferson Lobato), Nicota (Eurípedes de Oliveira) e Laudisleide (Takaiúna Correia), três passadeiras da Pousada do Rio Quente, em Caldas Novas, conversam sobre os mais variados assuntos.
[endif]-- Enquanto trabalham, elas abordam temas como cantores da moda, comidas típicas, expressões e ditados populares, gírias e estrangeirismos, casos ocorridos com hóspedes da Pousada, casamento e relações amorosas. Ocorre, até mesmo, um concurso de ditos populares e frases de para-choques de caminhão, que levam o público a gargalhar e aplaudir as frases mais criativas.
[endif]-- Pricida é a líder do grupo, a mais inteligente das três, já que era professora e começou a passar roupa pra não morrer de fome (segunda ela).
[endif]-- Nicota é comadre da Pricida e tem mais liberdade com ela do que Laudisleide, com quem Nicota tem uma demanda. As duas, durante a peça, tem uns pegas que só vão ser entendidos quase no final.
[endif]-- Laudisleide é uma falsa inocente, falsa ingênua, a mais sonsa das três.
[endif]-- O cenário é bastante simples, porém funcional, constituindo-se de três tábuas de passar roupa, duas cadeira, um cabideiro e duas araras com roupas.
[endif]-- O figurino é igual para todas as personagens, com vestido, avental e toca vermelho com branco. Os acessórios incluem perucas (ruiva, preta e loira) e enchimentos, que delineiam enorme seios e nádegas.
[endif]-- A iluminação também é bastante simples, combinando com o cenário em estilo e funcionalidade, alternando momentos de plano geral e focos fechados em cada ator, e a sonoplastia inclui uma vinheta, composta especialmente para o espetáculo.
[endif]-- O espetáculo tem a duração adequada ao texto (55 minutos), resgatando a linguagem perdida do sertão de Goiás, e pode ser enquadrado (se quiser) no gênero besteirol, fato que, de forma alguma, diminui seu valor, já que cumpre, com bastante eficiência, seu objetivo, que é divertir o público. Além disso, o faz de forma crítica, como ocorre em um momento interativo do espetáculo, onde após Laudisleide ser sabatinada com perguntas “eruditas”, dando respostas absurdas a todas elas, algumas perguntas também são direcionadas ao público, que também não sabe respondê-las, apesar de parecerem óbvias, colocando em xeque a suposta superioridade do saber erudito sobre o popular.
[endif]-- Conforme esclarece o ator Jefferson Lobato, a principal ideia da peça é trazer ao público a linguagem do sertão goiano dos antepassados. “Fizemos várias pesquisas para colocar palavras que estavam em desuso a fim de trazer a cultura popular para o palco de forma simples”, conta.
[endif]-- Além disso, Lobato lembra que a peça aborda situações cotidianas ao transformar o dia a dia das passadeiras em comédia. “Através de ocasiões engraçadas mostramos que mesmo que briguem, elas estão sempre juntas”, ressalta.
Sobre a Cia.
[endif]-- A Cia. de Teatro Cidade Livre é uma trupe de Aparecida de Goiânia com trabalhos contínuos há mais de uma década. Ela foi fundada sob a orientação do ator e diretor Mauri de Castro, ícone do teatro goiano, que, desde a sua criação, é responsável pela parte artística. A Companhia tem como tripé o Social, o Pedagógico e o Humor.
[endif]-- Principal finalidade desse grupo é utilizar as artes cênicas para promover a inserção cultural e social. Como é possível analisar no histórico de Cia., todos os espetáculos montados por ela são voltados para interesses sociais contemporâneos que não se limitam a discutir apenas a realidade local, mas sim, assuntos pertinentes que contribuem de forma crítica e reflexiva ao espectador participante.
[endif]-- Com circulação em todos os estados do Centro-Oeste brasileiro a Companhia apresenta os espetáculos em escolas, praças, pontos de cultura e teatros. Com eixo principal na formação de plateia, laborado a partir de temas sócio educacionais, no final de cada encenação é oferecido uma roda de debate junto os espectadores, comunidade local e interessados.
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