Ponto de Cultura Cidade Livre participa do Seminário Internacional de Sistemas de Cultura
Nos dias 01, 02 e 03 de junho de 2015 o Ponto de Cultura Cidade Livre participou do Seminário Internacional de Sistemas de Cultura: Política e Gestão Cultural Descentralizada e Participativa, em Brasília-DF. Com discussões voltadas para a aplicabilidade do Sistema Nacional de Cultura (SNC) e sua relação direta com o Plano Nacional de Cultura (PNC) organizaram-se em mesas de conversa com os participantes do encontro havendo representantes de todas as regiões do país.
A primeira mesa, realizada no dia 02 de junho, contou com exemplos de aplicação de Sistemas de Cultura em outros países, tais como: Colômbia, Espanha, França e Uruguai. Seus respectivos representantes apresentaram de forma sistêmica as principais implantações de políticas públicas locais, tendo em vista a especificidade de cada região. Atendo um destaque a Gemma Garbó da Espanha, apresentou um sistema de bibliotecas integradas que, por sua vez, dialoga, concomitantemente, com o Ministério da Educação incorporando assim um concurso nacional espanhol de escrita (redação, poesia, texto jornalístico, etc). Sobre esse diálogo interministerial vale a pena lembrar um termo utilizado pelo Ministro Juca Ferreira na apresentação do Seminário, sendo ele; “Sistema de Sistemas”, ou, integração de políticas públicas pelas instituições, sendo elas, estatais ou não estatais.
A segunda mesa concentrou o debate na relação entre os entes federados (e suas responsabilidades), a sociedade civil e as possíveis formas de Sistematização Cultural. Tendo em vista que, fora da estrutura estatal à produção e compreensão cultural se interage e impulsiona à constante elaboração de sistemas de convivência, ou seja, onde a maioria dos bens culturais realiza-se de fato, faz-se necessário o Poder Público romper seu isolamento para uma consolidação real do SNC, pondo fim, no universo privado da Gestão Cultural no Brasil.
Essa aproximação torna à Cultura um espaço de Participação e Interação Social que junto com a intervenção do estado, por meio do PNC, o Sistema Nacional de Cultura se formará como um todo orgânico, articulado entre as partes que o compõem, num fluxo continuo de trocas e aprimoramento de convivência societária. Com isso, essa aplicabilidade será voltada para a sociedade como um todo e não apenas para os artistas e/ou produtor cultural.
Nesse contexto, a terceira, e principalmente a quarta mesa, discutiram a importância da Territorialização e Regionalização dos Planos Municipais e Estaduais de Cultura, tendo como primórdio na elaboração dos Planos um mapeamento cartográfico e estatístico da realidade cultural local. Sendo elaborado um Plano Territorial e descoberto as necessidades locais, que perpassa equipamentos culturais, fomento à formação dos Gestores, passa-se, então a planejar as ações e interjeições compartilhando a gestão e atribuindo valores a participação social. Descentralizando a Gestão, o Plano Territorial de Cultura, como afirmado pelo Secretário de Políticas Culturais, Guilherme Varella deixará de ser um documento e se tornará mais ‘humano’.